Wednesday 28 October 2009

Israel, face à acusação do Conselho dos Direitos Humanos da ONU de ter violado o direito internacional, quer agora ganhar a opinião pública mundial.

fonte:Europalestine

( tradução:Maria Rodrigues, equipa TPG )

Israel, face à acusação do Conselho dos Direitos Humanos da ONU de ter violado o direito internacional, quer agora ganhar a opinião pública mundial.

A 20 de Outubro, Netanyahou pediu aos seus ministros que procurassem meios de lançar uma iniciativa internacional para mudar as leis da guerra, visando a luta contra o terrorismo, flagelo dos nossos dias.

“É lícito proclamar que as leis de guerra deveriam mudar, mas não é lícito violá-las enquanto elas não mudarem” declarou William Schabas, presidente do Instituto Internacional de Investigação Criminal.

Segundo o Jerusalém Post, na sua edição de 22 de Outubro, William Schabas declarou que o desejo de Binyamin Netanyahou de mudar as leis de guerra constitui “quase um reconhecimento de culpa”. O jornal sublinha que “desde a publicação do relatório Goldstone, no mês passado, o Estado hebreu é acusado oficialmente por um órgão da O.N.U. - o Conselho dos Direitos Humanos – de ter violado o direito internacional, tendo cometido crimes de guerra no decorrer da operação «Chumbo Endurecido», em Janeiro.

Ilustre professor e autor de trinta e duas obras sobre os Direitos Humanos, William Schabas vaticinou que há poucas possibilidades de apoio à iniciativa do primeiro ministro por parte da comunidade internacional. Na sua opinião, é irrealista considerar que a Convenção de Genebra não é um instrumento suficientemente eficaz na luta contra a ameaça terrorista.

“O facto de Israel ter atacado civis no decorrer da operação «Chumbo Endurecido» constitui uma transgressão às regras de uma moral muito antiga. Não se podem mudar essas regras, argumentando que o inimigo é cruel e vicioso” – disse ele. E acrescentou: “Se infringirmos as leis, o nosso comportamento será semelhante ao dos terroristas que combatemos”.

A 20 de Outubro, numa sessão do Conselho de Segurança da O.N.U. consagrada ao relatório Goldstone e às suas implicações, Netanyahou explicou que o desafio de Israel consiste, hoje, “em contrariar o esforço contínuo de deslegitimação do Estado de Israel”. “O mais importante combate que devemos travar é o da opinião pública, fundamental nos nossos países democráticos. Devemos continuar a combater a mentira propalada pelo relatório Goldstone”- afirmou.

CAPJPO-EuroPalestine

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