O relatório chama a atenção para a gravidade das violações das leis internacionais humanitárias e dos direitos humanos e para a possibilidade da existência de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade, antes, durante e após a operação israelita "Cast Lead".
Diplomatas árabes disseram que o Conselho de Segurança, presidido este mês pelo Vietname, realizará consultas durante o dia de hoje para decidir se haverá ou não uma reunião formal sobre o tema.
O presidente palestino, Mahmmud Abbas, disse à AFP por telefone que a atitude Líbia "constitui um apoio aos direitos do povo palestino".
O Conselho de Direitos Humanos da ONU adiou para Março de 2010 a votação de uma resolução com base no relatório Goldstone. O pedido de adiamento foi dos promotores da resolução mas por solicitação da representação Palestina que declararam ter retirado as acusações temporariamente para angariar um consenso e apoio mais alargado, afirmando a intenção de retomar o assunto na próxima sessão do Conselho em Março que vem.
O embaixador palestino, Ibrahim Khraishi, afirmou, no entanto, que a sua delegação não desistiria de continuar "por caminhos legais". "[A votação] será adiada até a próxima sessão, dando mais tempo para todas as partes, israelitas e palestinas, discutirem este histórico relatório", afirmou Khraishi.
O enviado do Paquistão na ONU, Zamir Akram, declarou que a desistência palestina ocorreu devido à "imensa pressão dos EUA".
Entretanto esta posição da ANP e do seu presidente Mahmoud Abbas está sendo posta em causa pelos mais diversos quadrantes da sociedade palestina que vêem nisto uma traição à causa palestina.