Soldados israelitas apoiam publicamente colonização dos territórios palestinos ocupados
Vários recrutas da unidade de infantaria de elite Kfir mobilizada na Cisjordânia exibiram faixas de apoio aos colonos durante a cerimánia de juramento no Muro das Lamentações.
"Não evacuaremos Homesh", afirmava uma faixa, destaca o jornal Maariv.
Homesh é um "posto avançado", ilegal por definição, criado nas ruínas de um dos quatro colonatos situados no norte da Cisjordânia e evacuados em Setembro de 2005.
A retirada das quatro colónias do norte da Cisjordânia foi executada como parte de um plano de abandono unilateral da Faixa de Gaza que resultou na evacuação de 8.000 colonos e na saída das tropas israelitas dessa área.
Nessa altura enquanto os colonos de Ganim e Kadim evacuaram voluntariamente, em Homesh e Sanur, houve resistência potenciada por grupos radicais extremistas que para aí enviaram centenas de activistas, entre eles destacando-se Elisheva Federman, cujo pensamento se pode sintetizar nesta sua declaração, sobre os palestinos: "Escumalha humana, se não saírem, devemos bombardea-los indiscriminadamente".
"Desejávamos mostrar que nosso papel é proteger os cidadãos israelitas e não retirá-los das suas casas na sua pátria ancestral", declarou à rádio pública um dos jovens soldados, que pediu anonimato.
"Os soldados envolvidos violaram gravemente as regras de conduta. É um caso vergonhoso que exige medidas disciplinares excepcionais", declarou à AFP um porta-voz do Exército.
"O comandante da unidade Kfir prevê não permitir a continuidade no serviço sob suas ordens destes militares", completou.